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Esto No Es una Clase: Investigando la educación disruptiva en los contexros educativos formales



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Sobredotação
Sobredotação

Crianças/Jovens Sobredotados

 

De uma forma geral, o aluno sobredotado é visto como alguém que revela um desempenho notório em todas as suas actividades, ou seja, alguém que revela um talento especial para uma ou mais expressões artísticas, ou alguém que apresente um bom desempenho académico, ou até alguém que possua uma inteligência superior devidamente provada por resultados obtidos em testes de inteligência.

 

Embora estes alunos aprendam facilmente, estes também experimentam várias dificuldades durante a escolaridade.

 

Por outro lado, existem alunos com potencialidades extraordinárias que passam despercebidas aos olhos dos professores e que, por vezes chegam a ser identificados como sendo alunos problemáticos (apresentando dificuldades relacionadas com a atenção, com o comportamento nas aulas, interesse pelas tarefas escolares, etc.).

 

 

Características Gerais de Comportamento das Crianças Sobredotadas

 

Características ao Nível  das Aprendizagens

 

-Vocabulário avançado para a idade e para o nível de escolaridade;

 

-Fácil compreensão de princípios subjacentes;

 

-Hábitos de leitura emancipada;

 

-Domínio rápido da informação;

 

-Preferência por livros que normalmente possam interessar a crianças mais velhas;

 

-Facilidade na evocação de factos;

 

-Capacidade para generalizar conhecimentos, ideias e soluções;

 

-Resultados e conhecimentos excepcionais numa ou mais áreas de actividade ou de conhecimento;

 

-etc.

 

Características de Motivação

 

-Tendência para iniciar as suas próprias actividades;

 

-Persistência na realização e finalização das tarefas;

 

-Aborrecimento face a tarefas rotineiras;

 

-Busca da perfeição;

 

-etc.

Características ao Nível da Criatividade

 

-Pouco interesse por situações de passividade;

 

-Originalidade na resolução de problemas e no relacionamento de ideias;

 

-Curiosidade elevada perante um grande número de coisas;

 

-etc.

 

Características de Nível Social

 

-Preocupação e interesse pelos problemas do mundo;

 

-Juízo critico face às opiniões dos outros;

 

-Ambições muito elevadas;

 

-Interesse no relacionamento com indivíduos mais velhos;

 

-etc.

 

Características de Liderança

 

-Fácil adaptação a novas situações e às mudanças de rotina;

 

-Auto-confiança e sucesso com os pares;

 

-Tendência a assumir a responsabilidade nas situações;

 

-etc.

 

Intervenção Educativa

 

Regra geral, estes alunos chegam à escola desejosos de novas experiências, conhecimentos e desafios, prontos para progredir e para progredir e para desenvolver rapidamente aquisições importantes (se lhe forem proporcionadas oportunidades de desempenho ajustadas).

 

Quando isto não acontece, estes alunos sentem-se frustrados, aborrecidos e desinteressados pelas actividades escolares.

 

Para que o Professor possa organizar uma intervenção educativa eficaz, é importante que este:

 

-Possa identificar os alunos sobredotados através de determinados indicadores comportamentais;

-Possa conhecer as necessidades dos alunos;

 

-Possa adaptar as suas práticas às necessidades dos alunos;

 

-Possa avaliar se as metodologias escolhidas contribuem para o crescimento efectivo destes alunos.

 

Identificação da Sobredotação

 

A identificação de alunos sobredotados ou potencialmente sobredotados poderá beneficiar de uma observação conduzida a partir dos seguintes indicadores:

 

-A utilização da linguagem (amplitude do vocabulário, precisão na sua utilização, complexidade da estrutura das frases);

 

-A natureza das perguntas formuladas pelos alunos (se são estranhas, ou pouco comuns, oportunas, etc.);

 

-Utilização de materiais (a forma como o aluno estabelece estratégias de resolução de tarefas, selecciona materiais, etc.);

 

-Conhecimentos (a profundidade dos conhecimentos destes alunos em diversas áreas, por exemplo);

 

-Persistência (ou seja, até onde é que um aluno persiste na concretização de uma tarefa, o ajuste da resolução da mesma ao tempo disponível);

 

-Juízo critico (a forma como o aluno se critica a ele próprio, se é exigente consigo, etc.);

-Preferência por actividades (a complexidade da tarefa, a novidade, o grau de dificuldade, etc.).

 

Necessidades Educativas dos Alunos Sobredotados

 

Exemplos de Características Potenciais do Aluno Sobredotado (Martinson 1981)

 

Características Potenciais Facilitadoras

Características Potenciais Inibidoras

Aprecia os conceitos abstractos, resolve os seus próprios problemas e tem uma forma de pensar muito independente.

Mostra grande resistência às instruções dos outros e pode ser bastante desobediente.

Revela interesse nas relações entre conceitos.

Dificuldade em aceitar o que não é lógico aos seus olhos.

É muito critico consigo mesmo e com os outros.

Exige demasiado de si e dos outros e pode estar sempre insatisfeito.

Gosta de inventar e criar novas formas para realizar alguma coisa.

Absorve-se a descobrir e a criar coisas por si mesma, recusando os procedimentos habitualmente aceites.

Tem grande capacidade de concentração.

Resiste fortemente a ser interrompido.

É persistente na prossecução dos seus objectivos.

Pode ser muito rígido e inflexível.

É enérgico e activo.

Sente-se frustrado com a inactividade e com a falta de progressos.

     

 

  1. Necessidades Psicológicas:

 

-Sentimento geral de sucesso num ambiente intelectual estimulante;

 

-Flexibilidade nos tempos atribuídos para a realização das tarefas;

 

-Clima de participação e partilha de responsabilidades;

 

-Suporte emocional para o fracasso;

 

-etc.

 

  1. Necessidades Sociais: (o professor deve:)

 

-Ajudar o aluno a perceber o efeito social de atitudes e comportamentos;

 

-Estimular a participação em tarefas de grupo;

 

-Clarificar e discutir regras de conduta e as consequências da sua violação;

 

-Estimular a prática da auto-crítica e os exercícios de dinâmica de grupo;

 

-etc.

 

3. Necessidades Cognitivas:

 

 

-Ensino individualizado nos conteúdos específicos que melhor dominam;

 

-Acesso a recursos adicionais de informação;

 

-Oportunidade de desenvolver e partilhar os seus interesses e competências;

 

-Oportunidade de desenvolver a expressão criativa;

 

-Oportunidade de utilizarem as suas competências na resolução de problemas;

 

-Efectuar investigações;

 

-etc.

 

 

O Professor deve:

 

 

-Aceitar que as crianças/jovens são capazes de exprimir competências especificas excepcionais e proporcionar um clima de aula que traduza expectativas favoráveis de sucesso;

-Construir um clima de sala de aula no qual as crianças/jovens sintam que podem manifestar as suas diferentes capacidades;

 

-Ter em conta que estes alunos têm necessidade de momentos de jogo e lazer;

 

-Criar condições para a produção de respostas ajustadas a questões que exigem procedimentos de pesquisa;

 

-Ter em atenção que estes alunos apreciam o reconhecimento e o elogio como todas as crianças e jovens;

 

-Assegurar uma boa relação entre a escola e o meio familiar.

 

 

Interacção Escola – Família

 

 

O envolvimento dos Encarregados de Educação no processo de escolarização dos alunos tem sido visto como uma forma de contribuir para a produção efectiva de condições facilitadoras da igualdade de oportunidades.

 

Os Encarregados de Educação podem colaborar no enriquecimento da qualidade das oportunidades educativas disponibilizadas pela escola, assim como:

 

-Disciplinar e priorizar o investimento de tempo dispensado pelos filhos em diversas actividades do seu interesse;

 

-Proporcionar oportunidades de contacto social com outras crianças e jovens;

 

-Ajudar a criança ou jovem a manter uma atitude equilibrada relativamente às actividades escolares e às actividades recreativas;

 

-Ajudar a criança ou jovem a relacionar-se de maneira mais confortável com as situações de fracasso;

 

-Ajudá-lo a encontrar soluções alternativas e a relativizar a importância dos acontecimentos que traduzem insucesso;

 

-etc.

 

A cooperação entre a escola e a família tem-se processado por vezes de maneira equívoca. Esta situação pode ser alterada com a definição de objectivos e pistas orientadoras, no sentido de disciplinar e estruturar os termos do envolvimento das famílias.

Prof. Pedro Santos

in http://edif.blogs.sapo.pt/11207.html